
A fotografia comporta paradoxos extremos. Graças ao obturador, um aparato que divide um segundo em até 8000 partes, é possível registrar neste mergulho alguns fios de cabelo do
Cauê molhados até a metade. Outro extremo é pensar que uma pessoa pode atravessar uma rua e não ficar registrada se o tempo de exposição da
câmera for superior ao da travessia. Porém, nada mais paradoxal do que pensarmos que no
exato instante que a imagem é registrada no
CCD ou no filme o que se vê no visor é nada, escuro completo. Nesta
fração de tempo em que a imagem é capturada o espelho por onde se olha
através da lente é levantado para a luz passar e
sensibilizar o filme ou ser captada pelo
CCD. A fotografia é uma viagem `as cegas no tempo.
Guarim,
ResponderExcluirQueria ver a imagem do Cauê em tamanho maior...
Essa fração às cegas é mesmo uma "viagem" (a não ser em uma Leica de visor direto, né...)...
Parabéns pela disciplina de manter o blog - sou seu fã!
Pedro Capeto
também queria ver a foto maior, mas entendo. Outro dia pensava na fração do tempo que fixa uma imagem, e no tempo que ela permanece em nossa retina.
ResponderExcluirParadoxos a vida apresenta muitos, meu caro. Magnifico é aprender que podem existir 8000 partes de um segundo e numa dessas captura-se a beleza e simetria do mergulho de um filho. Frações de segundo me uniram a meus filhos em situação adversa num acidente de carro na Dutra, mas que serviram de lição: dezenas de pessoas solidárias em frações de minutos. bjs
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