sábado, 5 de novembro de 2016
Sobre vida e bicicletas
A resposta que vale um milhão de dólares é: Como será a vida após a morte?
Uma bicicleta abandonada no tempo, `a sorte de uma evolução rápida ou mais lenta da corrosão. Em seus 54 anos de idade e trabalho serviu de passeio, lazer e labuta. Finalmente abandonada. Seu próximo destino seria um forno, e, metamorfoseando-se talvez em vergalhão ou prego, teria enfim outras serventias. Mas, como diz a piada, a vida é uma caixinha de surpresas.
Um objeto antigo pode ser restaurado mantendo radicalmente a originalidade. Outra possibilidade contrastante é se preservar o que tem ainda de fábrica como patrimônio, porém, acrescentando-lhe itens inusitados. A segunda opção tem compromisso apenas com a beleza, uma releitura estética.
No desdobramento da vida a bicicleta em sua espartana existência deixa de ser um objeto funcional e se torna quase uma abstração conceitual.
De Lorena Bicicletas
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