"E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português." Fernando Pessoa
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português." Fernando Pessoa
O mar, que antes levava para Lisboa o pau vermelho e o metal dourado, hoje traz do oriente brilhos eletronicamente fugazes, montados por mãos amarelas. As distâncias que os portugueses venciam em suas naus como quem dobra velhos mapas são as mesmas. São as mesmas as amarras e nós. As nuvens que passeiam por imensidões de céu são as mesmas. O mar, ainda jovial, faz ondulações e brinca com o sol de fazer pinturas abstratas no casco das embarcações. No cais, submersos em imensas estruturas, minúsuculos homens trabalham. O mar é o mesmo sob o céu. Outros são os homens e suas cores.