domingo, 23 de agosto de 2009

Luz de palco






No palco é assim: luz, câmera fotográfica anonima num canto do teatro e ação.
As possibilidades de uma cena iluminada beiram o infinito. O ator entrega seu corpo e a alma do retratado conta a estória. A luz milimétricamente pontual desenha as emoções e por alguns momentos o respeitável público observa a vida contada. O barulho do espelho levantando milésimos de segundo antes da imagem ser registrada num aparato eletrônico sinaliza a existência do tempo presente.
A luz em três atos:
- O ator Bruce Gomlevsky mostra o lado humano de um ídolo na peça "Renato Russo";
- Com os sapatos de salto na cabeça e uma iluminação pontualmente precisa a beleza doce de Elisa Lucinda se transforma no retrato do mal;
- Furtivamente ceifada a vida se vai como uma chama em "O rei da vela"

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cariocagens





Dizer que o Rio de Janeiro é único não precisa pois todos os lugares do mundo o são e compará-los atenta contra o bom senso. Por questões culturais que tem muito a ver com o tipo de colonização que tivemos (ou não ) o carioca é singular. Cabem três exemplos.
No boteco do Lgo de São Francisco o comerciante sensível a crise mundial anuncia a novidade do estabelecimento: meio bolinho.
Na praia a média com o colonizador português. Um mastro ostenta em ordem crescente de simpatia as bandeiras da Alemanha que é minúscula, Portugal e Brasil.
Na Lapa o carioquíssimo artista plástico chileno, Jorge Selarón, encanta as turistas e renova com azulejos de vários países do mundo a escadaria que lhe homenageia com o nome. A escadaria Selarón é uma obra em movimento pelas pessoas que por ali passam e pelo carinho renovado do artista.