terça-feira, 11 de agosto de 2009
Cariocagens
Dizer que o Rio de Janeiro é único não precisa pois todos os lugares do mundo o são e compará-los atenta contra o bom senso. Por questões culturais que tem muito a ver com o tipo de colonização que tivemos (ou não ) o carioca é singular. Cabem três exemplos.
No boteco do Lgo de São Francisco o comerciante sensível a crise mundial anuncia a novidade do estabelecimento: meio bolinho.
Na praia a média com o colonizador português. Um mastro ostenta em ordem crescente de simpatia as bandeiras da Alemanha que é minúscula, Portugal e Brasil.
Na Lapa o carioquíssimo artista plástico chileno, Jorge Selarón, encanta as turistas e renova com azulejos de vários países do mundo a escadaria que lhe homenageia com o nome. A escadaria Selarón é uma obra em movimento pelas pessoas que por ali passam e pelo carinho renovado do artista.
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Curiosamente você posta as suas cariocagens no Dia da Pendura. Sabia que esta é uma tradição antiga para os advogados? Ela marca a celebração do dia 11 de agosto de 1827, quando Dom Pedro I criou os cursos de Direito em Olinda, no Mosteiro de São Bento, e São Paulo, no Largo São Francisco. Com a notoriedade que tinham os advogados na sociedade da época, comerciantes ofereciam, neste dia, refeição e bebida como cortesia. Os advogados agradeciam fazendo belos discursos aos freqüentadores do estabelecimento. Com o tempo a cortesia passou a ser uma imposição e como parte da “comemoração”, os estudantes resolveram que não pagariam a conta em qualquer restaurante, convidado ou não. Cá entre nós isso tem cara de ser idéia de carioca. Beijos de uma carioca exilada.
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