quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Pré-fotochopi
Estas duas imagens revertidas para Preto e Branco tem uma pegada da fotografia que se praticava antes do advento da cor e seu desdobramento natural que foi a chegada do digital`as redações de jornais. Os filmes eram usados com parcimônia, inversamente proporcional `a criatividade e senso de oportunidade daqueles que apertavam o obturador das câmeras. Uma única imagem contava a estória e fim de papo.
Na primeira imagem feita com um celular o muro limita duas realidades tecnológicas distintas. De um lado visitantes inebriados com tudo o que há de mais moderno no prédio do Oi Futuro no Flamengo. Do outro um casario em tom cinza medieval abriga carroças de ambulantes com futuro incerto e presente duvidoso. Algumas fileiras de tijolo e cimento separam o Oi futuro do Tchau presente.
Na segunda foto graças a uma mágica ilusão de ótica criada pelo monitor de TV o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo aparece em dupla e fala sobre o pré-sal que nos multiplica as esperanças em um futuro, quem sabe, com muros sociais menos espessos.
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estou impressionada com as duas fotos e o tanto q disse... e como elaborou todo o material q tem nelas.
ResponderExcluirna verdade deveria ter começado assim: estou impressionada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
adorei!!!!
maria alice kita
Guarim, o que você observa são as conseqüências da modernidade, como bem nota Anthony Giddens em seu livro com este título: aquilo que deveria ser marca da modernidade, como saída da era das trevas da idade média em busca das certezas da ciência moderna, passa a ser conhecida hoje como “era das incertezas” – futuro incerto e presente duvidoso - , bem disse você. Ali no Flamengo convivem (?) ultra modernidade e pré modernidade. A alta tecnologia e multiplas expressões de arte da Oi com o homem analfabeto que puxa uma carrocinha que recolhe papelão. Pré sal... quem não te conhece que te compre.
ResponderExcluirComo em outras postagens (tava demorando!) suas fotos e palavras provocam fortes reflexões. A admiração de sempre!
Ah meu querido amigo, o rápido olhar, o momento, o instante único, a composição rápida e perfeita. Beijos da aprendiz,
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