terça-feira, 7 de setembro de 2010

O importante é que emoções eu vivi





Numa dimensão cósmica, faz muito pouco tempo, fotografei o show que reabriu o Canecão. No palco a prova que o cliché "lenda viva" seria a melhor expressão para dizer alguma coisa sobre o astro sentado ali no palco bem ao alcance de olhos que brilhavam. O albino Johnny Winter, branquissimo blues man, formou com Jimi Hendrix, Duanne Allman e Eric Clapton nos finzinhos dos 60 o quarteto fantástico da guitarra de blues. Naquele momento histórico a lagarta do blues se transformava abruptamente em borboleta do Roqueirol. Johnny Winter é a síntese da música que não é mais uma coisa nem outra mas ambas ao mesmo tempo.
No visor da câmera o ídolo, na lembrança um pensamento que compartilho sempre com o Amigo na plateia, Claudio Lousada, que em boa hora me iniciou nos ritmos sessentistas: "quando vivemos um momento iluminado e temos consciência disso, este lapso de tempo especial o é ainda mais pois não precisamos lá na frente olhar em retrospecto para sabe-lo". Ou seja: quem diz que era feliz e não sabia não mereceu ter sido.

2 comentários:

  1. Tá fotografando muito! E escrevendo maravilhosamente bem. De longe - e as vezes de perto - fico admirando a coerência, a filosofia de vida e a sabedoria do amigo.

    Forte abraço,
    Pedro Capeto

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  2. Grande Guarim!
    Dizia outro dia "mais louco é quem me diz que não é feliz: eu sou feliz", da bela Balada do louco cantada por Ney Matogrosso.
    Como é bom viver de emoção em emoção... uma por vez, mas sempre marcantes.
    Bj

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